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As ações da Hertz tiveram um aumento de 100% em seu valor em apenas dois dias, após o bilionário Bill Ackman anunciar que adquiriu uma participação de 20% na locadora de veículos

A gestora Pershing Square iniciou a aquisição de ações da Hertz no final de 2024, mas recebeu autorização da SEC para postergar o anúncio ao mercado enquanto aumentava sua participação em cinco vezes.

O que poderia levar uma empresa de aluguel de carros americana, que recentemente enfrentou falência, a ter um aumento de 100% em suas ações na bolsa de Nova York? A resposta é uma aposta feita por um bilionário!

Foi isso que ocorreu com as ações da Hertz. No dia anterior (16), a gestora de Bill Ackman, a Pershing Square, revelou que adquiriu uma participação de 4,1% na locadora no final do ano passado.

Como resultado, as ações da Hertz subiram 56% na quarta-feira, passando de US$ 3,65 para US$ 5,71.

E não ficou por aí.

Nesta quinta-feira (17), a CNBC informou que Ackman, na verdade, ampliou sua participação em cinco vezes desde dezembro, alcançando 19,8%.

Com isso, a gestora se tornou a segunda maior acionista da empresa, ficando atrás apenas da Knighthead Capital, que detinha 38% do capital em dezembro de 2024.

A valorização das ações registrada no dia anterior teve um impulso ainda maior e se manteve hoje. Às 14h37 (horário de Brasília), a alta alcançava 49,21%, com as ações cotadas a US$ 8,52 — mais que dobrando de valor em apenas dois dias.

De acordo com a CNBC, a Pershing Square obteve autorização da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) para postergar o registro formal de sua participação consolidada.

Mas, por que a Hertz? 

Ainda não está claro o que motivou Ackman a investir nas ações da Hertz. No entanto, essa decisão é surpreendente, especialmente considerando que os resultados da empresa indicam dificuldades financeiras.

Após enfrentar uma falência durante a pandemia e quase fechar suas portas em 2020, a Hertz tentou se reinventar com uma estratégia voltada para a sustentabilidade, investindo na renovação de sua frota com veículos elétricos, incluindo a compra de 100 mil Teslas.

Entretanto, os clientes não demonstraram tanto interesse pelos novos carros, e a adesão à frota elétrica ficou abaixo do esperado. Isso resultou em um rombo de bilhões no caixa da empresa, além de um aumento considerável nos custos de manutenção dos veículos.

Nos três anos até dezembro de 2024, as ações da Hertz registraram uma queda acumulada de 85%, passando de US$ 25 por ação para US$ 3,66 em 31 de dezembro.

Atualmente, a estratégia da empresa consiste na venda dos veículos elétricos da Tesla.

Dos US$ 2,9 bilhões em prejuízo reportados em 2024, US$ 245 milhões foram decorrentes das vendas dos veículos no quarto trimestre. Os resultados do primeiro trimestre de 2025 serão divulgados em 12 de maio.

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