Olá, posso te ajudar?
Pular para o conteúdo

Azul (AZUL4): Ações recuam 10% nesta segunda (28) e acumulam derrocada de 47% apenas em abril

As ações da Azul (AZUL4) continuam a registrar quedas significativas no Ibovespa (IBOV). Nesta segunda-feira (28), os papéis da companhia chegaram a cair 15,38% em seu ponto mais baixo do dia.

Por volta das 14h05 (horário de Brasília), as ações apresentavam uma desvalorização de 8,21%, cotadas a R$ 1,79. Fique por dentro das atualizações em tempo real.

No total do ano, AZUL4 já acumula uma queda superior a 50%, sendo que somente em abril a perda foi de 47%.

A acentuada queda verificada nos últimos pregões acontece após o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da empresa, representando mais um passo no processo de reestruturação financeira.

A operação, finalizada na quarta-feira (24), arrecadou R$ 1,66 bilhão com a emissão de 464 milhões de novas ações. Com isso, o capital social da companhia aérea será elevado para R$ 7,13 bilhões.

De acordo com Enrico Cozzolino, sócio e responsável pela área de análises da Levante Investimentos, a empresa precisava realizar o follow-on para reestruturar suas dívidas e garantir novos recursos financeiros, o que contribuirá para uma melhor estrutura de capital no futuro.

“Isso proporciona mais tempo para a companhia enfrentar esse período desafiador, reequilibrar suas contas e recuperar a confiança de investidores e credores em um cenário mais estável”, afirmou.

Segundo a análise dele, a queda observada nesta segunda-feira é uma resposta ao processo de renegociação das companhias aéreas, diante de um cenário desafiador marcado pela alta do dólar, do preço do petróleo e os impactos da pandemia.

No aspecto microeconômico, o analista destaca que a empresa tem conseguido aumentar sua taxa de ocupação e fechar rotas que não são rentáveis. Essas ações são típicas de um mercado com margens estreitas e altos custos, onde o preço do petróleo consome uma parte significativa da receita, além do impacto das variações cambiais.

“É um setor com margens reduzidas que precisa ser gerido de forma eficiente e em grande escala”, afirma Cozzolino.

Apesar da reação negativa dos papéis, a Levante considera o movimento do follow-on como um passo positivo para a Azul.

O follow-on da Azul

Ao anunciar a oferta de ações, a Azul informou que inicialmente planejava emitir cerca de 450 milhões de ações preferenciais, podendo esse número aumentar para aproximadamente 700 milhões, o que permitiria uma movimentação de até R$ 4,1 bilhões.

No entanto, apenas uma parte desse volume adicional foi utilizada.

O preço estabelecido para cada ação foi de R$ 3,58. Com isso, o novo capital social da companhia passou a totalizar R$ 7,13 bilhões, distribuídos em 2.128.965.121 ações ordinárias e 896.039.753 ações preferenciais.

No comunicado enviado ao mercado, a Azul ressaltou que o objetivo do follow-on vai além de captar novos recursos financeiros e melhorar a estrutura de capital futura; também busca aumentar a liquidez e viabilizar a conversão obrigatória de títulos de dívida com vencimento em 2029 e 2030, que possuem garantia fidejussória da empresa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *