Um cenário de juros mais baixos geralmente beneficia os ativos digitais, mas há outros fatores influenciando o setor nesta segunda-feira (21).
Nadar contra a corrente raramente traz resultados positivos, mas o bitcoin (BTC) demonstra o contrário. A maior criptomoeda do mundo se destaca em meio à aversão ao risco e alcançou nesta segunda-feira (21) seu maior valor em semanas.
A desvalorização do dólar no mercado internacional beneficia o bitcoin e outras criptomoedas, criando um movimento oposto ao dos principais índices acionários dos EUA.
A atenção em Wall Street está voltada para as críticas feitas por Trump hoje de manhã à autonomia do Federal Reserve (Fed) e ao seu presidente, Jerome Powell.
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O republicano tem pressionado o banco central dos Estados Unidos a reduzir as taxas de juros em meio ao aumento das tarifas.
É importante destacar que juros mais baixos tendem a beneficiar as criptomoedas, que costumam se valorizar em um cenário de taxas menores.
Por volta das 16h55 (horário de Brasília), o bitcoin registrava uma alta de 3,31%, sendo cotado a US$ 87.438,03. Veja a variação e as cotações de outros ativos digitais nesse mesmo horário:
O que ajuda o bitcoin a subir
O bitcoin alcançou hoje seu nível mais alto desde o anúncio das tarifas recíprocas feitas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em 2 de abril, conforme dados da CoinDesk.
Além da expectativa de juros mais baixos nos Estados Unidos, a criptomoeda também é influenciada por outras notícias do setor.
Mais cedo, o The Wall Street Journal revelou que um grupo de empresas, incluindo a Circle e a BitGo, está se preparando para solicitar licenças bancárias — uma medida que poderia facilitar a integração das criptomoedas com o sistema financeiro.
O jornal também mencionou que a exchange Coinbase está avaliando opções para obter licenciamento.