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Bolsa em alta: Ibovespa avança mais de 2% acompanhando a forte valorização de Wall Street; dólar recua para R$ 5,65, atingindo o menor patamar do dia

A notícia positiva que impulsiona a alta dos mercados, tanto no Brasil quanto no exterior, vem da Casa Branca e também beneficia as grandes empresas de tecnologia nesta quarta-feira (23).

Se em um momento a bolsa enfrentou uma queda acentuada devido à guerra comercial entre os EUA e a China e à possibilidade de mudanças na liderança do Federal Reserve (Fed), os investidores não parecem se recordar disso — pelo menos não nesta quarta-feira (23). Os índices estão em forte alta tanto no exterior quanto no Brasil, enquanto o dólar continua sua trajetória de desvalorização.

Em Nova York, o Dow Jones chegou a registrar um aumento superior a 1 mil pontos desde a abertura, com o Nasdaq apresentando ganhos que ultrapassaram 4%. Por volta das 12h30, o Dow subia 2,23%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registravam altas de 2,69% e 3,71%, respectivamente.

No Brasil, o Ibovespa estabelecia novas máximas intradia e, no mesmo horário, apresentava uma alta de 2,03%, alcançando 133.108,20 pontos. O dólar no mercado à vista recuava 0,49%, sendo cotado a R$ 5,7025. Na mínima do dia, a moeda americana chegou a ser negociada a R$ 5,6595.

O que ajuda a bolsa a subir hoje

Donald Trump tem desempenhado papéis tanto de vilão quanto de herói nos mercados financeiros globais.

Hoje, a indicação de que o presidente dos EUA pretende adotar uma postura mais suave na guerra comercial com a China e que não planeja demitir Jerome Powell da presidência do banco central americano contribuem para os ganhos da bolsa.

Na terça-feira (22), Trump afirmou estar aberto a uma abordagem menos agressiva nas negociações comerciais com a China.

De acordo com ele, a tarifa vigente de 145% sobre as importações chinesas é “excessivamente alta e não permanecerá nesse nível… Não, não chegará nem perto disso. Ela diminuirá consideravelmente, mas não será zerada”.

Reforçando a posição de Trump, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, comentou hoje que ambos os países têm a oportunidade de firmar “um grande acordo” comercial. “Se eles desejam se reequilibrar, faremos isso juntos”, afirmou.

Conforme a edição desta quarta-feira (23) do Wall Street Journal, a Casa Branca estaria avaliando a possibilidade de reduzir as tarifas sobre as importações da China para uma faixa entre 50% e 65%.

A CNBC também reportou que essa medida precisaria ser bilateral, com a China reduzindo suas barreiras comerciais em relação aos EUA.

Os investidores ficaram aliviados após Trump declarar que não tem planos de demitir Powell, cujo mandato como presidente do Fed se estenderá até maio de 2026.

Esse comentário representa uma mudança significativa na situação, já que Trump anteriormente havia criticado Powell, chamando-o de “grande perdedor” e pedindo uma redução nas taxas de juros.

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As big techs também chamam atenção 

Impulsionadas pelo otimismo que domina Wall Street, as grandes empresas de tecnologia estão em destaque no pregão de hoje — e por boas razões.

As ações da Tesla, por exemplo, estão subindo mais de 6%, impulsionadas não apenas pelos sinais de um arrefecimento na guerra comercial, mas também pelas declarações de Elon Musk sobre seu afastamento do governo Trump.

Durante a teleconferência sobre os resultados da empresa na terça-feira (22) à noite, o CEO da fabricante de veículos elétricos comentou que sua atuação à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) será reduzida significativamente a partir do próximo mês.

Além da Tesla, as ações que têm maior exposição à China, que sofreram vendas intensas nas últimas semanas, estão se recuperando. Dentre as chamadas Sete Magníficas, a Apple viu suas ações subirem mais de 3%, enquanto a Nvidia teve um aumento superior a 5%.

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