Olá, posso te ajudar?
Pular para o conteúdo

Cyrela (CYRE3): Os lançamentos aumentaram mais de 180% novamente, e os dividendos extraordinários começam a chamar a atenção. No entanto, três grandes bancos acreditam que ainda há espaço para um crescimento adicional

Apesar de uma valorização superior a 46% na bolsa, três bancos acreditam que a Cyrela pode continuar a se valorizar ainda mais.

Os investidores ainda estão processando os resultados do quarto trimestre de 2024, e já começam a surgir os balanços do primeiro trimestre de 2025. Nesta sexta-feira (11), é a vez da Cyrela se apresentar.

A empresa divulgou na noite de ontem (10) uma prévia do balanço do 1T25, informando que os lançamentos no período chegaram a R$ 3,4 bilhões, um impressionante crescimento de 183% em relação ao ano anterior.

De acordo com a construtora, foram lançados 18 empreendimentos nos primeiros três meses de 2025, enquanto no mesmo período de 2024 houve apenas 9 lançamentos.

Além disso, a Cyrela também obteve resultados expressivos nas vendas. Conforme o documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor geral de vendas (VGV) dos lançamentos aumentou 186% em comparação anual, totalizando R$ 4,9 bilhões. Contudo, em relação ao trimestre anterior, houve uma queda de 28%.

As vendas totais contratadas apresentaram um crescimento de 41%, passando de R$ 2,14 bilhões no primeiro trimestre de 2024 para R$ 3 bilhões no 1T25. Essa não é a primeira vez que a Cyrela apresenta números robustos durante a temporada de balanços. Na divulgação anterior, a empresa já havia registrado um aumento de 184% nos lançamentos, com vendas superiores a R$ 3 bilhões.

O céu é o limite: Cyrela sob avaliação do Itaú BBA e J.P. Morgan

Além disso, as ações da empresa estão passando por um significativo período de valorização. Neste ano, as ações da CYRE3 já apresentaram uma alta de 46,33% na bolsa brasileira.

No entanto, após a divulgação dos resultados preliminares, as ações abriram em baixa. Por volta das 11h40, os papéis registravam uma queda de 2,83%, sendo negociados a R$ 24,03.

Apesar da valorização das ações ao longo do ano, tanto o Itaú BBA quanto o J.P. Morgan acreditam que a Cyrela ainda tem potencial para crescer mais.

A instituição americana ressalta que, mesmo com a alta de 46% nas ações em 2025, a CYRE3 deve continuar sua trajetória de valorização. Isso se deve à solidez dos números operacionais, apesar das dificuldades no cenário macroeconômico. O Itaú BBA também acredita que as ações da Cyrela devem seguir em alta, estabelecendo um preço-alvo de R$ 36 para 2025, o que representa uma valorização de 12%.

Os analistas afirmam que a forte valorização da construtora é impulsionada pela confiança dos investidores na continuidade de resultados operacionais robustos. Assim, o banco projeta um aumento nas expectativas de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), estimado em cerca de 21% para 2025.

Além disso, o Itaú BBA considera que a Cyrela continuará se destacando em comparação a seus concorrentes. Enquanto as atividades no mercado imobiliário permanecem aquecidas, pequenas e médias empresas enfrentarão dificuldades devido ao cenário econômico, o que pode beneficiar a construtora.

Recentemente, o governo federal também lançou uma nova faixa para o programa Minha Casa, Minha Vida, ampliando as oportunidades para a Cyrela no mercado. O Itaú BBA estima que a construtora lançará R$ 11 bilhões em imóveis ao longo de 2025, resultando em um lucro líquido projetado de R$ 2,1 bilhões, superando em 10% as expectativas do mercado.

Dividendos extraordinários no radar da Cyrela

A análise favorável sobre a construtora vai além. O Itaú BBA também acredita que a Cyrela pode ter dividendos significativos no futuro.

De acordo com os analistas, o Brasil está progredindo nas discussões sobre a tributação de dividendos, especialmente em razão da reforma tributária em andamento. Com possíveis mudanças previstas para 2026, as chances de a construtora distribuir grandes dividendos aumentam consideravelmente.

No quarto trimestre de 2024, a Cyrela reportou R$ 4,4 bilhões em lucros retidos e uma alavancagem líquida de apenas 10% em relação ao patrimônio líquido, conforme informações do banco.

Na perspectiva do Itaú BBA, a empresa poderia aumentar sua alavancagem para até 40% do patrimônio, o que liberaria cerca de R$ 2,8 bilhões para distribuição de dividendos. Esse valor representaria um dividend yield aproximado de 28%.

“Embora a probabilidade de isso ocorrer ainda seja baixa, acreditamos que o assunto pode ganhar relevância entre os investidores à medida que as discussões sobre a reforma do imposto de renda avançam”, declarou o banco.

Foi Bom mas….

Embora a Cyrela receba uma análise positiva, o Itaú BBA mantém uma cautela. Historicamente, o valuation das ações da construtora tende a não ultrapassar o Preço/Valor Patrimonial em momentos de restrição monetária.

Apesar de o banco acreditar que a situação atual pode ser diferente, os analistas enfatizam que as principais recomendações no setor continuam sendo as ações da Cury (CURY3) e da Direcional Engenharia (DIRR3).

Para o BTG Pactual, Cyrela é compra

O BTG Pactual acredita que é o momento ideal para incluir as ações da CYRE3 na carteira de investimentos. O banco destaca que a empresa conseguiu superar as expectativas, que já eram bastante otimistas.

Além disso, embora mantenha uma postura cautelosa em relação ao mercado de imóveis de média e alta renda — especialmente devido ao aumento das taxas de juros —, a Cyrela tem se destacado ao atender consistentemente as previsões do mercado.

Os analistas atribuem o sucesso da construtora à qualidade de seus projetos e à sua participação no programa Minha Casa Minha Vida, que tende a ser mais resiliente em contextos de restrição econômica.

Dessa forma, o BTG Pactual considera a Cyrela como a principal opção dentro do segmento de imóveis de média e alta renda.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *