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É um marco histórico: o preço do ouro ultrapassou US$ 3.400, registrando uma alta acumulada de 30% neste ano

Os contratos futuros de ouro alcançaram a marca de US$ 3.433,10 por onça na manhã desta segunda-feira (21), estabelecendo um novo recorde, enquanto o dólar atingia suas mínimas em três anos.

Quando Silvio Santos afirmava que uma barra de ouro valia muito mais do que dinheiro, ele talvez não imaginasse que os preços do metal precioso atingiriam patamares tão altos, como está acontecendo neste ano.

Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de ouro para junho teve um aumento de 2,91%, encerrando o dia a US$ 3.425,30 por onça-troy, estabelecendo um novo recorde, enquanto o dólar chegava às mínimas em três anos.

Esse movimento de compra por parte dos investidores ocorre em meio às ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, à independência do Federal Reserve (Fed), que se somam à guerra tarifária promovida pelo republicano e têm causado instabilidade nos mercados globais.

Desde o início do ano, o ouro já apresenta um ganho aproximado de 30%. Analisando o período a partir de 2 de abril, quando Trump divulgou as tarifas recíprocas, a valorização é de 8%.

2025: o ano do ouro (até agora)

O ouro tem mostrado um desempenho notável este ano, impulsionado pelas aquisições do metal precioso por bancos centrais e pela diminuição da confiança nos Estados Unidos.

O Citi, por sua vez, já projetou que o preço do ouro pode alcançar US$ 3.500 nos próximos três meses, à medida que a demanda por investimentos supera a oferta proveniente da mineração.

Há quem tenha uma visão ainda mais otimista. “Acreditamos que, se Trump intensificar suas críticas ao presidente do Fed, o ouro continuará a se destacar, podendo alcançar uma nova meta de ‘possivelmente’ US$ 5.000 por onça-troy”, afirmou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities.

TRUMP ameaça com TARIFAÇO, mas BRASIL pode sair GANHANDO

Por trás da disparada do ouro

A alta do ouro nesta segunda-feira (21) está diretamente ligada à pressão exercida por Trump sobre o presidente do Fed, Jerome Powell — uma pressão que está afetando negativamente Wall Street hoje. No Brasil, a B3 permanece fechada devido ao feriado de Tiradentes.

Trump se referiu a Powell como “um grande perdedor” e exigiu que o banco central dos EUA reduza as taxas de juros imediatamente. Atualmente, a taxa nos Estados Unidos varia entre 4,25% e 4,50% ao ano.

As recentes declarações de Trump reforçam os indícios de pressão da Casa Branca sobre o Fed.

Na semana passada, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, sugeriu que o governo Trump estaria considerando a possível demissão de Powell.

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