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O dia em que parte da Europa parou: Portugal, Espanha, França e mais três países ficam no escuro

O torneio de tênis teve que ser interrompido, com os jogadores sendo retirados da quadra. As razões ainda não foram divulgadas, e um ataque cibernético não pode ser descartado como hipótese.

Se você pensa que ficar horas no escuro devido à falta de energia é uma realidade exclusiva de São Paulo, engana-se. Nesta segunda-feira (28), uma parte significativa da Europa acordou sem eletricidade.

Países como Portugal, Espanha, França, Itália, Polônia e Finlândia relataram interrupções no fornecimento de luz, o que afetou o transporte público, voos e portos, gerando caos em grandes cidades. O Masters 1000 de Madri também foi impactado: o apagão obrigou o 15º cabeça de chave Grigor Dimitrov e o britânico Jacob Fearnley a interromperem a partida.

A origem do problema ainda está sendo investigada, e as autoridades europeias não descartam a possibilidade de um ataque cibernético.

Os governos da Espanha e de Portugal se encontraram para abordar a questão da queda de energia. O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, declarou que a origem do apagão não se deu em seu país.

“O governo está empenhado em identificar a fonte e o impacto desse incidente, alocando todos os recursos necessários para solucioná-lo rapidamente”, informou o governo espanhol.

A Comissão Europeia comunicou que está em diálogo com as autoridades espanholas e portuguesas, além da rede europeia de operadores de sistemas de transmissão ENTSO-E, visando descobrir a causa da interrupção.

“Falei com [o chefe do governo espanhol] Pedro Sánchez a respeito do apagão na Península Ibérica. Reforcei o compromisso da Comissão Europeia em acompanhar a situação junto às autoridades nacionais e europeias, além do nosso Grupo de Coordenação de Eletricidade. Vamos coordenar esforços e trocar informações para auxiliar na recuperação do sistema elétrico e concordamos em manter uma comunicação constante”, afirmou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.

No escuro e no caos

As concessionárias de serviços públicos tentaram reverter a situação, mas a operadora espanhola de transmissão de energia, Red Eléctrica, indicou que a interrupção poderia se prolongar por mais de 10 horas.

Esse apagão gerou um grande caos em diversas áreas de Portugal e Espanha, com semáforos paralisados, resultando em congestionamentos. O transporte público foi severamente afetado, hospitais ficaram sem eletricidade e muitas pessoas ficaram presas em metrôs e elevadores.

Em Madri, centenas de pessoas se aglomeraram nas ruas em frente a edifícios comerciais, enquanto a presença policial era intensa em torno de alguns locais importantes, com agentes orientando o trânsito e patrulhando os átrios centrais com lanternas.

A Red Eléctrica informou que está colaborando com empresas regionais de energia para restaurar o fornecimento elétrico. A concessionária portuguesa REN anunciou que ativou seus planos para um restabelecimento gradual da energia.

A Iberdrola, multinacional espanhola do setor de energia elétrica, se manifestou sobre o apagão.

“A Iberdrola está utilizando todos os recursos à disposição da Red Eléctrica de España e, seguindo os protocolos estabelecidos, está empenhada em colaborar para que o restabelecimento do serviço ocorra o mais rapidamente possível”, afirma uma mensagem divulgada no X.

Europa no escuro: um evento raro

Ao contrário do Brasil, onde cidades como São Paulo enfrentaram longos períodos de apagão devido aos intensos temporais nos últimos meses, interrupções de energia dessa proporção são incomuns na Europa.

Um exemplo notável ocorreu em 2003, quando um problema em uma linha de transmissão hidrelétrica entre a Itália e a Suíça provocou uma significativa queda de energia em toda a península italiana, que durou aproximadamente 12 horas.

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