A situação parecia complicada para o Carrefour (CRFB3), mas tudo mudou. Os acionistas presentes na assembleia realizada nesta sexta-feira (25) aprovaram a transformação da empresa brasileira em uma subsidiária integral da controladora francesa, resultando na sua saída da B3.
A situação parecia desfavorável para o Carrefour (CRFB3), mas a situação mudou. Na assembleia realizada nesta sexta-feira (25), os acionistas aprovaram a transformação da empresa brasileira em uma subsidiária integral da controladora francesa, resultando na sua saída da B3, conforme muitos analistas já previam.
Mas por que a OPA parecia estar em risco? Um boletim de votos à distância divulgado no dia anterior (24) mostrava que os acionistas estavam em maioria contra o fechamento de capital, com 221 milhões de votos contrários, enquanto apenas 199 milhões eram a favor, além de 354 mil abstenções.
Após a assembleia realizada hoje, que ocorreu às 11h30, o Carrefour emitiu um novo comunicado ao mercado confirmando que tudo transcorreu conforme o esperado pela empresa francesa. No entanto, a companhia não revelou a relação de votos a favor e contra.
Como será a mudança
Os acionistas tiveram três opções: receber 100% do valor em dinheiro, 100% em ações do Carrefour francês, ou uma combinação de dinheiro e ações da controladora.
Em seguida, todas as novas ações serão resgatadas com a seguinte relação de troca:
- Cada ação resgatável Classe A será convertida em um pagamento de R$ 8,50 em dinheiro;
- Cada ação resgatável Classe B dará ao acionista um pagamento em dinheiro de R$ 4,25 + ações do Carrefour França;
- Cada ação resgatável Classe C permitirá a escolha de pagamento em 100% de ações do Carrefour França.
Conforme o comunicado da empresa, os acionistas poderão exercer sua opção de recebimento das Ações Classe A, Classe B ou Classe C entre 28 de abril e 12 de maio.
“O acionista terá o direito de escolher apenas uma classe de ações como contraprestação por suas ações da Companhia, não sendo possível optar por uma combinação de Ações Classe A, Ações Classe B e/ou Ações Classe C”, informa o Carrefour.
Analistas consultados pelo Seu Dinheiro indicaram que a melhor alternativa para pequenos investidores brasileiros seria aceitar a oferta total em dinheiro.
Além disso, para aqueles que desejam reinvestir os recursos do CRFB3 no mesmo setor, Hayson Silva, analista da Nova Futura Investimentos, recomenda a compra de ações do Assaí (ASAI3).
Como foi o processo
Nas últimas semanas, dois acionistas notáveis decidiram se retirar da OPA do Carrefour. A Península, gestora da família Diniz, que possuía 4,9% das ações, vendeu toda a sua participação no meio deste mês. Poucos dias depois, o GIC, fundo soberano de Cingapura, também se desfez da sua fatia de 2,4% na empresa.
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No início do mês, o Carrefour da França aprimorou sua oferta para adquirir todas as ações em circulação da subsidiária brasileira. O grupo aumentou o valor em dinheiro que pagaria por cada ação do Carrefour Brasil, passando de R$ 7,70 para R$ 8,50.