No dia 15 de maio, o Tesouro Direto irá liberar aproximadamente R$ 153,3 bilhões para os investidores que adquiriram o título IPCA+ 2025, conforme um levantamento realizado pela ANBIMA com base nos preços de 4 de abril.
Esse montante refere-se ao vencimento de 33,5 milhões de papéis NTN-Bs, que oferecem uma taxa de retorno prefixada somada à variação do IPCA, o índice oficial de inflação do Brasil. Na prática, esses ativos proporcionam um prêmio de risco combinado com a correção inflacionária.
O pagamento será realizado automaticamente na data de vencimento — 15 de maio — até o final do expediente bancário, sem que o investidor precise fazer qualquer solicitação. A liquidação será feita diretamente pelo Tesouro Nacional.
É importante lembrar que os investimentos no Tesouro Direto, assim como outros ativos de renda fixa, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), estão sujeitos à cobrança de Imposto de Renda, que segue uma alíquota regressiva com base no tempo de aplicação.
Dessa forma, quanto mais tempo o investimento permanecer aplicado, menor será a taxa do Imposto de Renda sobre os rendimentos.
Renda fixa: proteção contra a inflação
Diante da expectativa de que a inflação permaneça acima da meta estabelecida pelo Banco Central nos próximos anos, analistas da XP destacam a relevância de incluir uma parte do portfólio em ativos indexados ao IPCA como estratégia para preservar o poder de compra a longo prazo.
Para o final de 2025, por exemplo, as previsões do mercado apontam uma inflação de 5,65%, conforme o último Boletim Focus. Esse valor está acima do centro da meta definida pelo BC, que é de 3,00%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual.
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Para 2026, a previsão é de um IPCA em torno de 4,50%, enquanto para 2027, a expectativa é de 4%. Esses dados enfatizam a importância de manter ativos que ofereçam proteção contra a perda do poder de compra no médio e longo prazo.
Assim, na carteira recomendada para abril, a XP sugere a inclusão de títulos públicos indexados à inflação, com destaque para o Tesouro NTN-B, que vence em maio de 2029 e oferece uma taxa de IPCA +7,54%.
“As analistas da corretora ressaltam que é relevante manter uma parte do portfólio em ativos atrelados à inflação para se proteger dos impactos ao longo do tempo, especialmente diante da incerteza sobre a trajetória inflacionária no longo prazo.”