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IPCA-15 de abril deve confirmar um ‘cenário desafiador’ para o BC no curto prazo

A prévia da inflação no Brasil deve mostrar uma desaceleração em abril. O mercado espera que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registre um aumento de 0,42% neste mês, após uma alta de 0,64% em março.

No entanto, esse indicador deve evidenciar um cenário desafiador para o Banco Central (BC) no curto prazo, com o acumulado do IPCA em um ano superando o teto da meta de inflação estabelecida para 2025. A meta é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Em um período de 12 meses, o índice deve apresentar um aumento acumulado de 5,48%, conforme a mediana das projeções coletadas pelo Sua Materia. Os dados serão divulgados às 9h (horário de Brasília) desta sexta-feira (25).

Segundo Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Bmg, os preços livres continuarão sob pressão devido aos custos de alimentação no domicílio, especialmente em relação aos produtos in natura.

Por outro lado, o grupo de serviços deve apresentar uma desaceleração para 0,35% em abril, influenciado pela queda nos preços das passagens aéreas (-4,0%) e pela estabilidade dos serviços subjacentes ou intensivos em mão de obra.

Em contrapartida, o economista prevê um aumento de 0,48% na média dos núcleos de inflação, reforçando o cenário desafiador para o Banco Central no curto prazo.

IPCA-15 terá o terceiro recuo consecutivo?

A estrategista da Warren Investimentos, Andréa Angelo, afirma que a prévia da inflação em abril deve apresentar uma queda em relação à inflação total de março (0,56%), marcando o terceiro recuo consecutivo desde o IPCA de fevereiro, que teve uma variação mensal de 1,31%.

Ela ressalta que os principais riscos de alta para a leitura estão associados aos grupos de alimentos e saúde e cuidados pessoais. Por outro lado, itens como gasolina, passagens aéreas e despesas com alimentação no domicílio devem contribuir negativamente.

A gasolina, por exemplo, deve registrar uma deflação de 0,16% nesta leitura, seguindo a tendência de queda já observada na última divulgação — quando a variação passou de 1,83% no IPCA-15 de março para 0,51% no índice cheio do mesmo mês.

As passagens aéreas também devem seguir essa tendência negativa, retornando ao campo negativo com uma variação de -2%, após uma alta de 7% em março.

No setor de alimentos, espera-se uma queda nos preços de carnes e frutas (-0,78% e -0,74%, respectivamente), além de desacelerações significativas em hortaliças e verduras, aves e ovos, e leite e derivados.

Andréa projeta altas de 7,64%, 10,87% e 13,55% para alimentação no domicílio, carnes e produtos in natura até o final de 2025.

Os grupos de saúde e cuidados pessoais, artigos para residência e vestuário são algumas das exceções no mês. Itens como produtos de higiene pessoal e farmacêuticos devem apresentar alta devido ao reajuste anual.

Apesar disso, a expectativa da Warren Investimentos para o IPCA em 2025 é de 5,50%, com um balanço de riscos predominantemente baixista, embora também existam riscos altistas significativos.

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