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O governo Trump reduziu as tarifas sobre embarcações fabricadas na China em resposta à pressão da indústria

Nesta quinta-feira (17), o governo Trump ofereceu proteção aos exportadores nacionais e proprietários de embarcações que operam nos Grandes Lagos, no Caribe e em territórios dos Estados Unidos, isentando-os das taxas portuárias que seriam aplicadas a navios construídos na China.

Essas tarifas têm como objetivo revitalizar a indústria de construção naval dos EUA e enfrentar a influência marítima da China.

O comunicado do Registro Federal, publicado pelo Representante Comercial dos EUA (USTR), foi alterado em relação à proposta de fevereiro, que pretendia impor taxas de até US$ 1,5 milhão por escala para navios chineses, gerando preocupações na indústria global de transporte marítimo.

Executivos do setor de transporte marítimo expressaram preocupações de que quase todas as transportadoras seriam impactadas por taxas cumulativas. Eles argumentaram que os custos adicionais tornariam os preços de exportação dos EUA menos competitivos e resultariam em bilhões de dólares em encargos extras para os consumidores americanos.

O plano modificado estipulava que a taxa seria cobrada uma única vez por viagem nos navios afetados, limitando-se a no máximo seis vezes por ano.

A agência também decidiu não aplicar taxas com base na proporção de embarcações construídas na China dentro de uma frota ou em futuros pedidos de navios chineses, como havia sido inicialmente sugerido. Além disso, embarcações vazias que chegam aos portos dos EUA para carregar exportações a granel, como carvão ou grãos, também estarão isentas.

A implementação das taxas está prevista para começar em seis meses. Os navios graneleiros que forem afetados pagarão uma taxa com base no peso da carga, enquanto os porta-contêineres pagarão uma taxa proporcional ao número de caixas transportadas. Não ficou claro imediatamente se essas novas taxas seriam inferiores às inicialmente propostas.

A decisão foi tomada no aniversário de um ano da investigação do USTR sobre as atividades marítimas da China. Em janeiro, a agência concluiu que o país utiliza práticas e políticas desleais para se destacar no transporte marítimo global.

A revisão do plano ocorreu em resposta a uma onda de oposição, tanto pública quanto privada, proveniente da indústria marítima internacional. Essa resistência incluiu operadores de portos, proprietários de embarcações e exportadores e importadores americanos de diversos produtos, como carvão, milho, bananas e concreto.

Executivos do setor alertaram que os contribuintes, trabalhadores e até mesmo os construtores e proprietários de navios dos EUA, que o governo pretende beneficiar, poderiam ser prejudicados se o plano fosse implementado sem modificações.

Operadores de navios porta-contêineres, como MSC e Maersk, fazem paradas em vários portos durante cada viagem aos Estados Unidos, e os executivos destacaram que as taxas poderiam se acumular rapidamente.

O USTR agendou uma audiência para o dia 19 de maio com o objetivo de debater as tarifas sugeridas sobre guindastes de carga, chassis utilizados para transportar contêineres e componentes de chassis. A China é líder na fabricação de guindastes portuários, e o USTR pretende impor uma tarifa de 100% sobre esses itens.

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